sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A iluminação certa para cada ambiente

A iluminação correta é um dos grandes trunfos de um projeto de interiores. Assim que o cliente aprova o layout já é possível planejar que tipo de iluminação é mais indicada para cada local. Se tiver 3D do projeto melhor ainda, pois o ideal é fazer a planta de luminotécnica depois do anteprojeto aprovado.

Na etapa construtiva, o projeto de iluminação vem logo depois da conclusão dos estudos de instalações elétricas. Os circuitos (o que liga o quê) também são importantes e devem ser desenvolvidos logo que for definida a planta de iluminação.

Agora, veja como acertar na iluminação de cada ambiente da sua casa:

Hall de entrada - clara, com luz indireta (arandela, balizador, por exemplo). Se houver algo a destacar, como quadro ou escultura, planejar foco (spot) de luz.


 Sala de estar - iluminação cênica com focos que valorizem quadros, objetos decorativos... A iluminação é cênica, pois o mesmo ambiente deve comportar diferentes atividades. O uso de dimmer (aquele controle da intensidade da luz) torna o ambiente mais aconchegante. Na sala de estar aposte em abajures.


 Sala de jantar - lustre ou pendente sobre a mesa de jantar. O foco deve recair apenas sobre os pratos (mesa), sem interferir na visão das pessoas. Caso haja bufê ou aparador, direcionar uma luz (embutida ou spot) para eles. A mesma coisa serve para quadros e objetos que mereçam destaque.



Escritório - luz suave, com focos (luminárias de mesa ou de pé) nas áreas de leitura e de trabalho. Lâmpadas frias evitam aquecimento e permitem economia.



Corredores - suave. Embutidos ou balizadores (LEDs) podem ser usados à noite, quando não há necessidade de muita luz. Focos bem distribuídos ao longo da circulação clareiam e dão a sensação de ambiente amplo.




Quarto de casal - iluminação indireta (embutida) com dimmer e luminárias de leitura para as cabeceiras. Focos direcionados para a mesa de trabalho, se houver.




Quarto de criança - plafons ou luminárias suspensas deixam a iluminação difusa e delicada. Fitas de LED em prateleiras ou detalhes de gesso deixam o ambiente confortável e à meia luz para a hora do descanso.


Banheiro - focos bem distribuídos e direcionamento especial para a bancada. Dar preferência a luzes nas laterais do espelho, que não produzem sombra no rosto. Uma luz geral é funcional na higienização do espaço.



Cozinha - luz fria, geral. Pode-se iluminar a parte de dentro dos armários e também jogar luz sobre bancadas.


Área de serviço - luz fria e geral.




Mas afinal, o que é luz direta, indireta...?

Direta - ilumina o ambiente todo, sem reflexo no forro ou nas paredes. Mas, se as luminárias não estiverem bem posicionadas, podem causar ofuscamento. Esse tipo de iluminação é pouco indicado para salas de estar, TV e mais apropriadas para ambientes de permanência curta, exemplo: banheiro, despensa..

Indireta - obtida com o uso de sancas, arandelas, plafons indiretos, luminárias de pé e abajures, atinge uma determinada área depois de ser refletida em alguma superfície. Como o local pode ficar escuro, às vezes precisa de complementação de luz localizada. Ideal para ambientes de longa permanência.

Difusa - oferece boa incidência de luz ao ambiente, sem criar zonas de sombra, a partir do uso de luz direta ou indireta. Luminárias e lâmpadas leitosas produzem esse efeito.

Concentrada - luz direta e com foco - de spot, por exemplo - usada quando se quer dar destaque a elementos decorativos (quadros, esculturas) ou facilitar atividades, como leitura e trabalhos manuais.

Localizada - a luz atinge apenas determinado ponto do ambiente, como no caso de lustres pendentes sobre a mesa de jantar.

O maior erro de um projeto de iluminação feito por um profissional não-habilitado é valorizar tudo, sem destacar nada, colocar spots e luminárias em todos os lugares, sem criar cenários, sem direcionamento; não equilibrar zonas claras e escuras; usar mais lâmpadas do que o ambiente comporta, causando desconforto e desperdício de energia; criar boas soluções, mas sem levar em conta o bolso do cliente... aliás, isso para mim é pecado mortal.

Aproveite as dicas! E bom feriado.



Por Verônica Macedo com Revista Morar - F.S.Paulo - 30.05.2008
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